sexta-feira, 8 de junho de 2012

A vida é um sopro

Documentário lindo sobre a vida e a obra de Oscar Niemeyer.
Vale a pela não só pelo conteúdo, que é obviamente incrível, mas também pela simplicidade com que Niemeyer fala sobre sua trajetória.
Programa bom para qualquer hora e qualquer dia.



quinta-feira, 22 de março de 2012

sinceras desculpas

pela ausência prolongada.

um novo estágio, o tcc e projetos outros acabaram sugando toda a minha atenção e energia..

volto a postar em breve, não desistam de mim (se alguém ainda entra por aqui).

com amor,

Mariana.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Like a Rolling Stone

   O ano de 1965 foi um tanto quanto movimentado em todo o mundo. Os Estados Unidos enviam a primeira tropa para o Vietnã do Sul (a guerra havia começado em 59). Malcom X, o ativista negro, é assasinado em Nova York. Uma Guerra Civil é decretada na República Domenicana. O golpe militar na Indonésia mata mais de trezentos comunistas. No Brasil os militares decretam o AI-2, e logo após são formados a  ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Uma bomba explode na redação do jornal 'O Estado de São Paulo' e a TV Globo é inaugurada no Rio de Janeiro.
    Enquanto na política tudo ia de mal a pior, na música o momento era bom. Os Beatles lançaram seu segundo filme, Help!, e foram nomeados Membros do Império Britânico pela rainha. Os Stones tocarm na Austrália. E em Londres, quatro estudantes formaram uma banda chamada Pink Floyd.
    E por aqui também era tempo de mudança. A bossa nova do barquinho e do violão começava a abrir espaço: o I Festival de Música Popular Brasileira foi o marco e a música vencedora, Arrastão (composta por Edu Lobo e Vinícius de Moraes e interpretada por Elis Regina, a responsável pela transição de estilos). A bossa nova se desenvolveu e o que aconteceria a partir dali ficaria conhecido como MPB (Música Popular Brasileira).
    Foi em meio a tudo isso que, no dia quinze de julho, Bob Dylan entrou no Studio A, da Columbia Records, para gravar Like a Rolling Stone. A canção marcaria época, primeiro pelo seu formato de seis minutos enquanto a maioria possuía três; segundo pela sua letra afiada, satirizando publicamente da alta sociedade e dos seus valores, que em tempos de guerra e conflitos políticos se mostravam ineficientes. A música fala da queda social, de uma mulher que antes frequentava as melhores rodas e ria de todos e que hoje tem de vasculhar pela próxima refeição. A ironia de Dylan é clara em toda a letra, mas atinge o ápice no último verso, quando ele declara: "when you got nothing, you got nothing to lose" (quando você não tem nada, você não tem nada a perder) e continua: "you´re invisible now, you got no secrets to conceal" (você é invisível agora que não tem mais nenhum segredo para ocultar), como se estivesse ao mesmo tempo consolando a personagem central e jogando em sua cara que agora ela, além de não possuir mais nada, não é ninguém. Impiedoso e vingativo, o compositor expõe a queda e ainda pergunta: "how does it feel?" (como se sente?). Ele não tem medo da resposta, na verdade ele espera uma resposta bastante dolorida, sobre a qual não revela nem um triz de compaixão.
    Essa mulher não existia apenas em 1965, ela existia antes disso, existiu depois e sempre continuará existindo. Provavelmente você a conhece e eu também, pessoas com uma história assim estão por todas as partes. Esse, aliás, é o maior trunfo de Dylan. Não importa o tempo que passar, sua temática permanecerá atual. Esse e outros aspectos fazem de Like a Rolling Stone um clássico. A ira das palavras proferidas e a confusão de imagens que elas nos causam mudaram para sempre o cenário musical, e abriram espaço para movimentos como o grunge, o punk, e outros. Em 2004 a revista Rolling Stone nomeou-a como a melhor canção de todos os tempos, agora fica até fácil saber o porquê.


Dylan em versão ao vivo, 1966.




E aqui para a BBC.




Hendrix tocando.




 Os Stones tocando.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Vestido de Noiva

Com duas primas noivas e uma recém-casada o matrimônio virou assunto na família, principalmente quando se trata do tão sonhado vestido de noiva. Foi a pedido de uma delas que resolvi pesquisar um pouco mais e escrever sobre o tema.

   Os primeiros relatos de um traje especial e único para ser usado no dia do casamento são dos romanos: as mulheres vestiam uma túnica branca e um véu púrpura. Com a queda do Império Romano, a cultura bizantina torna-se referência e as noivas passam a usar vestidos de seda vermelha bordada com fios de ouro.
   A Idade Média marca a consolidação e apogeu do cristianismo, o casamento torna-se sagrado, coberto por uma forte carga religiosa, simbólica e social. A cerimônia selava não apenas a união do casal, mas também de duas famílias e de suas poses. O vestido então passa a ser ainda mais importante. Representava os bens da família da noiva perante a comunidade. A cor vermelha representava fertilidade, sangue novo; o véu branco era o símbolo da sua castidade.
  Conforme os períodos históricos passavam o vestido de noiva era modificado. Com o Renascimento, tornou-se mais requintado e luxuoso - foi, inclusive, quando as tiaras entraram em cena. Já durante a ascensão da corte espanhola o preto tinha uma forte conotação religiosa e os vestidos não escaparam. Sim, muitas e muitas noivas casaram-se de preto nessa época.
   Foi então, quando menos se esperava, que apareceu o vestido branco. Existem várias histórias sobre sua origem. Alguns dizem que Maria de Médici foi a primeira a usar branco. Apesar de católica, Maria desafiou os costumes e usou um vestido branco com decote quadrado, que deixava seu colo à mostra, um verdadeiro escándalo. Outros apontam Mary Stuart, da Escócia, como a pioneira. Segundo reza a lenda, Mary escolheu o branco em homenagem ao brasão da família. Mas, certamente, a noiva mais famosa a propagar o branco foi a rainha Vitória da Inglaterra. Além de ousar na cor, Vitória casou-se sem coroa, fato até então inédito. Não importa quem tenha usado primeiro, o fato é que o vestido branco veio para ficar. A cor branca tem muitos significados: celebração, pureza, castidade, alegria, luz, todos eles fazem parte do imaginário e universo da noiva. 
   O vestido de noiva é provavelmente a roupa mais cara que uma mulher vai comprar durante a sua vida - e também a mais especial. Ele representa o sonho, a fantasia, a magia da data. A noiva é a figura principal de uma cerimônia de casamento. Basta reparar nos três principais símbolos: o véu, o vestido e as flores. Todos se direcionam à mulher. Juntos, o véu e o vestido formam um círculo que não tem começo nem fim e é o representante do ciclo eterno do compromisso, do infinito e da perfeição. Já as flores possuem vários significados como amor, harmonia e virgindade.
  Hoje em dia não existem muitas regras. Os vestidos de noiva podem seguir as tendências da moda, podem ser longos, curtos, coloridos. O vestido ideal é sempre aquele que satisfaça a noiva, realize sua fantasia, pois aquele é o seu dia, quando todos os olhares se direcionam a ela, o dia em que ela deve estar mais linda do que nunca, irradiando felicidade e confiança. Qualquer garota sabe que somente o vestido certo, aquele que parece ter sido criado para você, pode ter esse poder.
 
 Noivinhas, boa sorte na procura. 

Alguns vestidos de noiva que marcaram época e tornaram-se parte do imaginário de todas nós.



Audrey em seu casamento com Mel Ferrer

Audrey em seu casamento com Andrea Dotti

Audrey no filme Cinderela em Paris

Bianca Jagger vestiu tailleur Yves Saint Laurent

Yoko Ono no melhor estilo Yoko Ono

A beleza de Grace Kelly

O clássico vestido de Grace

Jackie quando se tornou Kennedy

O croqui da dupla Elizabeth e David Emanuel para Lady Di

Lady Di

Kate Middleton, qualquer semelhança com Grace Kelly não é mera coincidência

O vestido é um legítimo McQueen e foi criado por Sarah Burton

A insuperável Kate Moss

Linda de John Galliano

A inesquecível Carrie Bradshaw